Nunca desista de uma coisa que você não consegue passar um dia sem pensar
- daniadamipsicologa
- 19 de ago. de 2024
- 2 min de leitura

Com essa frase inicio o texto de hoje, pois realmente faz muito sentido pra mim. Há poucos dias li um artigo sobre o contentar-se com o que temos. E esse artigo também fez muito sentido pra mim. Mas são duas ideias antagônicas e contraditórias. Uma se refere à busca incansável pela realização de algum desejo, outra a gratidão e até certa acomodação.
Acredito que o ser humano tem que estar predisposto a sentir o que quer que seja. É no movimento entre o sentir e o agir, entre o refletir e a ação, que se dá nosso crescimento e amadurecimento.A vida é muito distante das redes sociais, muito distante do que nos é imposto, o processo não é tão fácil quanto parece e os relacionamentos também nem tão felizes assim. Mas nós escolhemos comprar a ideia! De que as vidas alheias são “melhores” que as nossas.
Acredito que a acomodação referida no artigo se refere muito a gratidão, que é um termo extremamente banalizado por ter ficado “moderno” demais, acabou virando clichê. Se trata muito mais de valorizar o positivo, de olhar com amorosidade para mim mesma e para o conjunto de experiências que me formaram, sabendo que o que hoje sou está muito mais relacionado ao olhar que escolho enviar do que aquilo que realmente sou. As mesmas histórias são contadas de diferentes maneiras.
Já a frase com a qual iniciei, fala acerca do movimento, da característica presente em qualquer estrutura neurótica do desejo. O ser humano é o ser do desejo, é ele que traz movimento, atividade, energia propulsora. Conceito de felicidade envolve movimento, mas não uma felicidade utópica e distante, ideal e irrealizável, como são vendidos nos livros de auto ajuda. Se somente livros bastassem, não estaríamos com a depressão como a terceira doença mais incapacitante do planeta, não é verdade? Uma felicidade de quem está disposto a se arriscar, sentir, e pagar o preço por aquilo que deseja.



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