top of page
Buscar

O Que Lilo & Stitch Nos Ensina Sobre Psicologia, Laços Afetivos e Pertencimento

  • daniadamipsicologa
  • 9 de jun.
  • 2 min de leitura
ree

À primeira vista, Lilo & Stitch pode parecer apenas um desenho animado divertido, com um alienígena bagunceiro e uma garotinha havaiana carismática. Mas, se você olhar com um pouco mais de atenção — e principalmente com o olhar da psicologia — vai perceber que o filme fala de temas profundos: abandono, pertencimento, construção de vínculos e a necessidade humana de ser aceito.


Stitch e a dor de não pertencer

Stitch foi criado para o caos. Literalmente. Ele foi programado para destruir, para não se importar, para viver isolado. Mas, mesmo assim, quando ele começa a conviver com Lilo e sua irmã Nani, algo dentro dele muda. E não é porque ele "aprendeu a se comportar". É porque ele encontrou algo que nunca teve: afeto.


Isso nos lembra que, muitas vezes, comportamentos difíceis, impulsivos ou até destrutivos não são sinais de “maldade”, e sim tentativas — às vezes desorganizadas — de lidar com dores emocionais profundas. Na psicologia, falamos muito sobre como a falta de vínculos seguros pode gerar sentimentos de desamparo, rejeição e desvalia.


Laços que curam


A relação entre Lilo, Nani e Stitch é tudo, menos perfeita. Eles brigam, se desentendem, mas também escolhem permanecer juntos. E é aí que está a força. Quando Lilo diz a famosa frase: "Ohana quer dizer família. Família quer dizer nunca abandonar ou esquecer", ela está falando sobre algo muito próximo do que chamamos de vínculo seguro.


Na prática clínica, vejo como a criação de vínculos seguros transforma. Muitas pessoas crescem sem esse tipo de estrutura emocional — e isso pode afetar autoestima, relacionamentos e até a forma como lidam com o mundo. Mas o bonito é que é possível construir novos vínculos ao longo da vida. Com outras pessoas. Com a gente mesmo. E, muitas vezes, com a ajuda da psicoterapia.


A psicologia como espaço de reconstrução


O espaço terapêutico é, muitas vezes, o primeiro lugar onde a pessoa experimenta esse vínculo seguro. Um lugar onde ela pode ser quem é, sem precisar "dar conta de tudo", sem medo de ser abandonada ao mostrar suas partes mais vulneráveis.


É por isso que filmes como Lilo & Stitch emocionam tanto: porque eles tocam em feridas que muitas vezes nem conseguimos nomear. E também nos mostram que há saída, que o caos pode virar cuidado, e que, sim, o amor pode ser aprendido.

Se você se sentiu tocada por essa reflexão, saiba que isso já é um sinal de que algo dentro de você está pedindo por mais espaço, mais acolhimento, mais cuidado. E a terapia pode ser um caminho pra isso.


Quer conversar mais sobre isso? Sinta-se à vontade para me escrever ou agendar um atendimento. Às vezes, tudo começa com uma simples conversa!

 
 
 

Comentarios


bottom of page